Um estudo que revisou a literatura mundial sobre poluição marinha estimou que pelo menos 25 milhões de toneladas de resíduos são despejadas por ano nos oceanos.
E a maior parte disso – 80% – tem origem nas cidades, em razão de uma má gestão dos resíduos sólidos. O caminho é conhecido: sem descarte adequado, resíduos vão parar em lixões, muitos deles à beira de corpos d’água, que seguem pelo seu caminho natural até o mar.
O trabalho, coordenado pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa), levou em conta estimativas sobre quanto resíduo não é coletado no mundo – algo entre 500 milhões e 900 milhões de toneladas – e cruzou esse dado com o mapeamento de pontos de descarte irregular em cidades perto do mar ou de corpos hídricos – daí uma estimativa mínima de pelo menos 25 milhões chegando ao mar.
O estudo, divulgado nesta terça-feira, 20, no Fórum Mundial da Água, que é realizado em Brasília até o fim da semana, avalia que cerca de metade desse lixo que vai parar no oceano é plástico.
E que cada tonelada de resíduo não coletada em áreas ribeirinhas representa o equivalente a mais de 1,5 mil garrafas plásticas que vão parar no mar. “O lixo no ambiente marinho já é um desafio global semelhante às mudanças climáticas.
E o problema, que vai muito além daquilo que é visível, está presente em quase todas as áreas costeiras do mundo, trazendo desequilíbrio tanto para a fauna e flora marinhas e comprometendo esse recurso vital para a humanidade”, afirmou em comunicado à imprensa Antonis Mavropoulos, presidente da Iswa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (foto:internet).