Ações ousadas e violentas de organizações criminosas vêm espalhando terror entre a população, principalmente em cidades do interior de Minas Gerais. No intervalo de apenas 40 dias, pelo menos sete crimes registrados no estado evidenciaram o poder das quadrilhas, que atacaram transportadores de valores, agências bancárias e postal, em uma nova explosão de ataques do tipo.
As estratégias de intimidação são velhas conhecidas da polícia: a invasão de cidades com pequeno efetivo policial e em um dos casos o sequestro de familiares de bancário. Somente ontem foram três ocorrências. Na mais violenta, em Santa Margarida, na Zona da Mata, um grupo armado matou um policial e um vigia em tiroteio.
Em BH, parentes de uma funcionária da Caixa Econômica Federal foram rendidos em outra ofensiva de ladrões. Já em Arceburgo, no Sul de Minas, o alvo foi a unidade dos Correios, onde houve cerco policial e ameaça a reféns.
Mesmo com a redução de 6,1% em média nos crimes violentos, cidades de Minas Gerais continuam sofrendo com ações criminosas. Em seis das 19 regiões integradas de Segurança Pública, os indicadores se mantêm em alta. Levantamento do Estado de Minas mostra que, desde março, nove ocorrências graves foram registradas no estado.
A PM admite que há migração de crimes para o interior. Por isso, tem investido no reforço no policiamento em algumas cidades. “A interiorização do crime já é percebida. O comandante-geral da PM, coronel Helbert Figueiró, ao assumir, avisou sobre esse reforço. Na última turma de policiais formados, houve um privilégio para o interior. Mais de 700 viaturas também foram distribuídas nesse sentido”, explicou o major Flávio Santiago. (fonte:EM)